Semana passada fui ao DETRAN renovar minha carteira de motorista. Fui iludido pela minha própria benevolência ao achar que passaria lá apenas 40 minutos das mais de três horas que fizeram minha pressão sangüínea subir para 15x10. E aí, na entrevista médica, a doutora me questiona:
- Sua pressão está alta. Você sofreu alguma forte emoção hoje?
- Que tal passar quase três horas com fome, na hora do almoço, inutilmente desocupado, com a TV lá fora ligada no Cidade 190 e revoltado com a ineficiência deste serviço público?
- Desculpe-me, Sr. Germano. A culpa não é minha.
- Também não é minha, doutora. É de todos nós.
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Na última sexta-feira, a Órbita nos agraciou com uma banda cover de Jamiroquai. A Vanessa - que se disse "chatinha" - não gostou, mas eu adorei! Isso porque vou sem pretensões e sem altas expectativas... Ora, para uma banda que se apresenta sem metais, sem cordas, sem teclado e com baterista que, apesar de excepcional, teve menos de uma semana para ensaiar, achei o resultado final altamente satisfatório. Muito bom! A diversão, pelo menos, foi fantástica! E o público - que encheu a casa como pouco vi antes para uma sexta-feira - vibrou ao extremo.
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Nesta terça-feira será dia de realizar prova oral (ministrando uma aula de 50 minutos) para uma banca avaliadora no concurso para professor substituto do Departamento de Direito Privado da UFC. Isso significa que, para onde quer que eu vá, a UFC não deixa de fazer parte da minha vida.
Aliás, este blog andou sem movimentação nas últimas semanas em razão do Cálculo, da Física, da Álgebra Linear, da Química, das leituras de Introdução à Engenharia e tudo mais que tem ocupado meu tempo demasiadamente, seja no Campus do Pici, seja fora dele. É óbvio que conciliar todo o resto da minha atividade profissional com uma graduação em Engenharia Química não seria diferente. O que importa é que, por ora, tenho me divertido, aprendido e as novas experiências, se não vingarem, terão valido a pena de qualquer forma.
A grande vantagem de já ser formado e conseguir ganhar alguma grana (por mais que seja pouca) com a advocacia é poder substituir as prioridades da minha vida e fazer "investimentos". No lugar de sair para beber de segunda a sexta, posso ocupar meu tempo com estudos e meu dinheiro com compra de livros e
gadgets [ainda não pisei na Biblioteca Central da UFC, por exemplo].
Só para Química, tive a audácia de gastar cerca de R$300,00 com a compra de duas coleções introdutórias. De forma mais extravagante, ontem recebi minha calculadora gráfica HP 50g, comprada na Amazon e enviada para a casa de um amigo nos EUA, que depois encaminhou-a para mim. Foi liberada na alfândega e chegou sem a cobrança da tributação incidente. Ou seja, ao invés de pagar os quase R$700,00 cobrados no Brasil, paguei apenas U$135.00 (inclusive com a remessa de lá para cá, com um cartão SD de 2Gb para salvar as brincadeiras que fizer).
Por enquanto, é tudo novidade, alegria e trabalho duro... Por enquanto.
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Hoje é o dia da grande final da Copa da Holanda, e o meu idolatrado Roda JC deve perder para o Feyenoord, em Amsterdã. Ainda que o meu time tenha chegado à final desta copa, foi o ano de sua pior campanha na Eredivisie desde a temporada 2001/2002. Pelo menos naqueles tempos a gente vencia o Milan na Copa da UEFA...
Aliás, resolvi comprar a camisa do Roda JC desta temporada que se encerra, justamente por agora ser o período das promoções e queima de estoques. Obviamente, como um clube sem maiores repercussões fora da própria Holanda, somente é possível comprar sua camisa em sites holandeses. "Fi-lo porque qui-lo", e me enviaram uma camisa com a numeração menor do que a encomendada.
Entrei em contato com a loja e surpreendi-me com a resposta:
"Senhor, muito obrigado pelo contato e pedimos imensas desculpas pelo equívoco. O senhor pode ficar com esta camisa e já estamos providenciando o envio de uma nova, com a numeração correta desta vez. Esperamos não ter causado maiores transtornos e que o senhor aceite sinceramente nossas desculpas."Se no Brasil as coisas fossem assim, hoje eu teria dois aparelhos de DVD em casa (sem contar o aparelho de DVD que minha tia comprou depois, para a sala, e o próprio PS2), e não os oito meses de raiva com a Americanas.com por ter enviado o aparelho errado e ainda querer me convencer de que era tudo a mesma coisa...
Por sinal, o Brasil é um país tão irreverente que recebi, na última sexta, uma carta do Juizado Especial em que promovi uma ação contra a Oi por ter me vendido um celular bloqueado sem a minha ciência deste fato, isso em 2005 e justamente três anos passados. Detalhe: o bloqueio do celular, pela "norma oculta" da Oi, seria por apenas um ano, sendo gratuito o seu desbloqueio após aquele período.
A notificação do juizado foi para me comunicar de uma condenação que recebi em face da minha suposta "litigância de má-fé", por ter embargado da sentença que julgou improcedente o meu pedido de desbloqueio daquele aparelho. A sentença foi muito esdrúxula, mas a decisão dos embargos conseguiu ser pior ainda. É fácil de comprovar isso com o seguinte fato: tudo o que reclamava naquela demanda virou realidade, já que hoje as operadoras não podem vender aparelhos bloqueados.
O mais irônico: o desbloqueio de telefones se tornou uma das maiores campanhas da própria Oi antes de entrar em vigência a regulamentação da ANATEL proibindo esta prática!Ou seja, o meu direito era tão bom que o que eu pretendia por meio da ação judicial virou realidade jurídica
erga omnes. Resultado: não só vou recorrer da decisão esculhambando o beócio juiz titular daquele juizado, como também farei uma representação ao Conselho Nacional de Justiça contra aquele inglorioso magistrado. Como diria Gérson, o canhotinha de ouro, "É brincadeira?!!"