É difícil até acreditar que, pela primeira vez na minha vida, um namoro esteja durando quatro meses e nutrido de um sentimento tão forte... Tudo bem que houve percalços que quase não me permitem fazer esta declaração. É nas dificuldades que nos tornamos mais fortes - isso é clichê, mas clichês não deixam de ser verdades somente pela obviedade de suas circunstâncias.
Inscrevi-me para a seleção do Mestrado em Direito da UFC. Sempre relutei: (i) pelo idealismo, ao acreditar que seria mais útil iniciar estudos avançados diretamente nas áreas de minha predileção, como se toda a minha vida pudesse me levar à USP ou UFMG ou qualquer canto desses, com a facilidade de quem quer comer pão e vai à padaria da esquina; (ii) pela "peixada", mas não porque seria difícil fazer parte, e sim porque nunca quis ser cúmplice dela, e ; (iii) pela evidente falta de prioridade e de dedicação necessárias a um projeto dessa envergadura.
Os passos da minha caminhada são absolutamente errantes. Durante o tempo da graduação, frequentei e cursei cadeiras da Medicina, tendo certeza de que aquela paixão poderia ser dissociada da vocação; terminei a graduação e fui à Física, como se fosse adequado fazer uma graduação em ciências exatas sem o suporte indispensável da matemática; resolvi, então, relaxar os estresses de minha vida e fazer Filosofia, mas as greves incessantes da UECE e a burrice inerente de parcela dos meus pares foram cruciais ao me fazer abortar tal missão; aí veio a Engenharia Química e o ledo engano de que um curso tecnológico de ponta poderia ser conciliado com os afazeres regualres de quem precisa "ganhar a vida".
O fato é que certo está o pensamento - cuja autoria me foge - de que para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho pode ser o ideal. Está claro que sei muito bem dar os primeiros passos, mas quase nunca concluir a caminhada, então. É nessas horas que New Order me fazem a melhor companhia:
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Inscrevi-me para a seleção do Mestrado em Direito da UFC. Sempre relutei: (i) pelo idealismo, ao acreditar que seria mais útil iniciar estudos avançados diretamente nas áreas de minha predileção, como se toda a minha vida pudesse me levar à USP ou UFMG ou qualquer canto desses, com a facilidade de quem quer comer pão e vai à padaria da esquina; (ii) pela "peixada", mas não porque seria difícil fazer parte, e sim porque nunca quis ser cúmplice dela, e ; (iii) pela evidente falta de prioridade e de dedicação necessárias a um projeto dessa envergadura.
Os passos da minha caminhada são absolutamente errantes. Durante o tempo da graduação, frequentei e cursei cadeiras da Medicina, tendo certeza de que aquela paixão poderia ser dissociada da vocação; terminei a graduação e fui à Física, como se fosse adequado fazer uma graduação em ciências exatas sem o suporte indispensável da matemática; resolvi, então, relaxar os estresses de minha vida e fazer Filosofia, mas as greves incessantes da UECE e a burrice inerente de parcela dos meus pares foram cruciais ao me fazer abortar tal missão; aí veio a Engenharia Química e o ledo engano de que um curso tecnológico de ponta poderia ser conciliado com os afazeres regualres de quem precisa "ganhar a vida".
O fato é que certo está o pensamento - cuja autoria me foge - de que para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho pode ser o ideal. Está claro que sei muito bem dar os primeiros passos, mas quase nunca concluir a caminhada, então. É nessas horas que New Order me fazem a melhor companhia:
Up, down, turn around, please don't let me hit the ground
Tonight I think I'll walk alone, I'll find myself as I go home...
Tonight I think I'll walk alone, I'll find myself as I go home...
4 comentários:
\o/
Tu atualizou!
Eu não sabia que tu era esse monte de coisas não!
Beijo.
ÊEEEeeeee!
Rapaz, meu problema com a palavra mestrado são vários:
1) Minha graduação já se arrasta por mais tempo do que deveria e não aguento mais salas de aula;
2) Mestrado são mais dois anos ganhando uma miséria;
3) O que eu quero aprender ou o que eu gosto de estudar dificilmente se estuda no ambiente acadêmico. Não aguento mais horas de desprazer vendo um professor budejar.
4) Não aguento mais professor prepotente.
A palavra "mestrado" me dá calafrios. brr.
Mestrado certamente está nos planos mais imediatos, com a certeza de que quando estiver mais cansada das aventuras da vida, ensinar será uma atividade que me dará muito prazer... Então mestrado me vem como certeza de três coisas: preparação para o futuro profissional, paixão pelo estudo teórico das coisas e a possibilidade de frequentar outros mundos por um tempo - certamente meu mestrado não será nesta ínfima cidadela em que vivemos! =)
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