31 maio 2009

Why can't I face it? Am I too blind to see?

Sunday was a bright day yesterday
Dark cloud has come into the way

É assim que começa uma música do Moby que não sai da minha cabeça há dias! Engraçado que a música sugere ser a continuação de uma outra música do Moby que marcou demais a minha vida uns quatro anos antes: In This World - também conhecida como a música do clip dos ETs ignorados.

Sunday (The Day Before My Birthday) também possui um clip com os ETs. É bem verdade uma continuação do clip de In This World. Mostra um começo feliz - depois da frustração de não conseguirem se comunicar com os terráqueos -, o "auge da fama" - com todas as baladas e os aproveitadores de plantão -, a degradação e, por fim, um recomeço com a volta para seus próprios lares.

Paralelismos a parte, essa tem sido a história da minha vida no último ano. E agora que preciso encontrar o caminho de volta para o meu lar, para tentar um recomeço e a busca da paz espiritual que me impulsionará para desafios e a viviência de histórias ainda mais bonitas, não sei mais o que significa lar...


Homesick
'Cause I no longer know
What home is...

25 maio 2009

No hope, no harm - just another false alarm...

Depois de tanta coisa, maio foi um mês incongruente, Bandini... Recebi elogios de clientes e de minha própria chefe - no escritório já não tão novo - e o trabalho vai se consolidando de forma estável, depois de um começo meio devagar, duvidoso e bastante deslocado.

Maio também foi o mês em que consegui ganhar mais de R$1.000,00 com discotecagens, mesmo sem me considerar - ou propriamente ser - um DJ profissional. E na área musical, também realizei parte de um sonho bastante antigo, aquele de comprar o baixo (falta aprender a tocar para completar tal sonho).

Há pouco mais de uma semana, e já vivendo com tanta saudade e angústia, achei que houvesse visto a luz no fim do túnel, justamente às vésperas de completar um ano em que surgiu na minha vida a pessoa que a mudou de forma mais considerável, por bem ou por mal. E hoje é 25 de maio, data desse aniversário...

Aqui estou eu, sentado em pleno fim de madrugada, início de manhã, após a frustração de não sair para a caminhada na praia em virtude da chuva, mesmo achando que pudesse arriscar, de ter me vestido e alongado. Porque há horas em que planejamos e vemos imagens mentais do objetivo próximo, quase tangível, quase se concretizando, mesmo em turbulência ou sob adversidades, acreditando ser de verdade que a esperança é a última que morre - e pode até ser, mas só morre quem é vivo.

Há quase quatro anos, depois de um fim de semana esquisitíssimo, entro num blog numa noite de domingo e vejo o anúncio de borboletas no estômago. A diferença é que, desta vez, um fim de semana foram quase cinco meses, e não houve prelúdio de que tudo poderia ser diferente...

Eu vejo sinais errados em lugares que sequer sinalizam!

E agora, Brasília: estás pronta para receber mais um vasto oceano de angústias, despreparo e frustrações?

[...]

...e um grande amigo cantou pelo Twitter esta semana,

If you ever feel neglected
If you think that all is lost
I'll be counting up my demons, yeah
Hoping everything's not lost

16 maio 2009

What you gonna do when things go wrong?

Um dos meus sonhos de há muito realizou-se ontem: comprei um baixo! Para complementar tal sonho, falta-me aprender a tocá-lo, óbvio, o que já está sendo providenciado.

Meu baixo (para iniciante): um Ibanez GSR-200

Apesar das aulas de piano que meu pai bem forçou para que eu tivesse aos seis anos - recordo-me de gostar bem mais das aulas de pintura, no Conservatório, enquanto esperava ele próprio ter suas aulas de piano - será a priemeira vez, por iniciativa própria, que aprenderei a tocar um instrumento musical digno.

Er, mentira: em 1992 comprei um trompete e comecei a aprender a tocá-lo, mas isso foi numa outra época, em outras circunstâncias e eu estava na Banda de Música do Colégio Militar... [O trompete ainda existe, mas a vontade de tocá-lo, nem tanto.]

O que importa é que, em não muito tempo, espero poder tocar coisas assim sem cometer muitos erros:


A contínua realização de sonhos materiais continua. Praticamente tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Em outros tempos, disse que trocaria todas as felicidades materiais pela felicidade de espírito, aquela que desde os 17 anos, conversando com colegas na Faculdade de Direito, nos bancos da Salamanca, concluí que adviria de minha latente vontade de encontrar a mulher da minha vida, casar, ter filhos e ver a vida passar nesse cenário. Certamente não era o projeto de vida imediato de nenhuma outra pessoa ao meu redor àquela idade, o que sempre revelou (i) a minha precocidade feroz, e (ii) a minha [muito] tardia adolescência.

E agora, que os "sonhos" se realizam, com quem compartilhar? Ano passado tive certeza absoluta do que queria para a minha vida, mas o início de 2009 tratou de esfregar na minha cara que o que queremos nem sempre pode ser alcançado. E é nesse contexto que questiono o que seriam os sonhos: aquilo que é sonho, por definição, porque é intangível; ou aquilo que se pode conquistar e realizar, deixando, portanto, de ser sonho tão cedo se concretize?

Enquanto não defino uma resposta para isso em minha auto-ontologia, continuo vendo o tempo passar. E a música, que sempre esteve presente na minha vida, agora continuará ainda mais forte, alive and kicking!

06 maio 2009

You can have it all but how much do you want it?

Ontem foi o primeiro dia em que pude, finalmente, regularizar todos os débitos de minha vida financeira, com pagamentos em dia - quando não, bem antecipados - e a sensação é um pouco estranha. Ao final da tarde, fui até buscar minha nova carteira de advogado, com chip e tudo mais (funcionalidades conhecidas para o tal chip até o momento: zero), sinal de que até com o órgão de classe estou quite.

2008 foi um ano em que as contas também foram pagas, mas sem a certeza de onde viriam os fundos necessários para tal. O final do ano foi audacioso, pelos planos de mestrado que resultaram frustrados e que acabaram, não necessariamente por eles, frustrando também o meu namoro.

Posso dizer que os últimos seis meses - até o final de março, pelo menos - foram tempos difíceis, quando se levasse em consideração os aspectos profissional e financeiro, e o único conforto que tinha era o relacionamento, que talvez por todos os problemas extrínsecos a ele o tornassem conturbado e acabaram por o desgastar.

Gostaria demais que minha ex-namorada estivesse do meu lado nas piores horas e, por mais chato que eu estivesse, me consolasse e me ajudasse em todo esse processo. Não foi possível...

Hoje estou sem ela, sinto saudades todos os dias - todos mesmo! -, mas tudo mais na minha vida parece estar caminhando bem. É injusto demais não poder contar com uma "felicidade integral": o que se tem de feliz por um lado é compensado, por assim dizer, em frustrações e tristezas por outro.

Não tenho a menor dúvida do que sacrificaria e de qual felicidade preferiria. Só não gostaria que os contextos tornassem uma ou outra aparentemente inconciliáveis.

[este é um breve devaneio que fala de felicidade e de seu paradoxo,
de saudades e do que realmente gostaria de ter em minha vida...]