26 dezembro 2007

And I think it’s gonna be a long long time...

Você sabe que sua vida não anda lá fazendo muito sentido quando em plena noite de quarta-feira, após o Natal (mesmo que você não seja religioso), o seu jantar é uma degustação de queijos com salame temperado, bebendo Pepsi Twist e ouvindo Elton John.

Skyline Pigeon ainda ficou ressoando no meu cérebro por bastante tempo... E The One foi uma pedrada no meio do orgulho adormecido.

When stars collide [like you and I]
No shadows block the sun...
You're all I've ever needed:
Baby, you're the one!

16 dezembro 2007

Sometimes I feel so insecure...

Noite de sexta-feira, depois de uma semana relativamente cansativa. De volta a um passado tanto tenebroso - apesar de novos e queridos comparsas - estava num barzinho nos arredores do meu antigo escritório, realizando o básico happy hour clássico daquele começo de noite com advogados e estagiários daquela banca. No entanto, esta não foi a mais estranha, bizarra e deliciosa nostalgia da noite...

Eis que homens a caminho da embriaguez - orgulhos à flor da pele - decidem desafiar um dos nobres colegas, recém enamorado, a comparecer a uma festa organizada por um outro querido amigo lá no Pacheco. Foi questão de uma hora para que todos estivéssemos à caminho da Aloha Loca, mesmo que o plano original da noite estivesse bem distante de farras.

Lá chegando, de testa percebi não ser o meu habitat natural. Logo, fiquei absolutamente na minha, sem provocar ou instigar sensações e reações nas donzelas passantes. Dessa forma, algumas horas depois, já cansado e com o pé um tanto machucado, resolvi ir descansar lá pela lateral do palco, distante das aglomerações.

No entanto, do meu ponto de visto, vejo uma luz no meio da multidão - sim, uma luz imaginária, daquelas dos clichês hollywoodianos. A mais linda visão da noite! A senhorita linda, morena, vestida de uma maravilhosa blusa riponga amarela com cores ao redor do colo, calça jeans escura, cabelo não tão longo amarrado em rabo de cavalo. O mais bizarro: do meu ângulo de visão, a moça era absolutamente sósia de minha ex-namorada! Isso me chamou a atenção demais, e talvez por isso eu não tenha sido tão discreto em passar tanto tempo observando a belíssima garota... Na minha cabeça, isso se chama "paquera autista" (pois só existe na minha realidade).

O mais bizarro ainda: a dita cidadã aproxima-se, pois um amigo seu, com quem falara logo quando me deparei com sua bela visão, havia vindo para próximo de onde eu estava. Pensei que ela viesse conversar com tal amigo, mas - não mais do que derepentemente - eis que ela se vira para mim, sorri e inicia o seguinte diálogo:

- Oi! Tu tá sozinho?
- Sim, estou...
- Por que tu tá aqui sozinho... parado?
- Ah, eu machuquei meu pé. Acho que torci ali no meio da galera mais cedo...
- Tu beija bem?
- (...) Acho que só há o método empírico para descobrir isso...

Alguns minutinhos depois, terminado o melhor beijo dos últimos meses, ela sorri e diz, "É, você beija muito bem!"

Minha reação: agradeci e usei da sinceridade ao dizer que ela também beijava muito bem. E ela foi embora, enquanto eu ficava paralisado, embasbacado, pasmo... O tal amigo da garota, na melhor reação de combatente da noite, espantou-se e tentou trazer-me de volta à realidade! Não foi possível...

Hoje procuro desesperadamente pela garota linda de blusa amarela da Aloha Loca de Natal. Não sei seu nome, seus costumes ou como encontrá-la. Apenas tento. E fico na dúvida se aquele momento foi uma nostalgia do passado que não deve ser desenterrado ou apenas a evidente constatação de que realmente não estou pronto para esse mundo dos ficares sem compromissos e das paqueras interativas. I just don't know what to do with myself...

14 novembro 2007

I'll fake it through the day with some help...

A história da humanidade é feita de grandes atos e magníficas obras elaborados por gênios. Só isso. Esse povo cria e desenvolve o que se tornou vanguarda, os primeiros passos para avanços incríveis, o que houve de mais belo e o que continua impressionando até hoje. Todo o resto do mundo, aqueles que não tiveram a mesma sorte de possuir dons natos tão sensacionais, passaram a vida inteira buscando sistematizar todo esse trabalho, catalogando-o e classificado-o dentro de categorias e estilos para iludir os leigos a que o entendessem mais facilmente e permitir aos fracassados o sucesso em falhar na busca idiota de aprender a desenvolvê-lo.

Não foram os gênios que classificaram uma poesia de parnasiana, uma pintura de impressionista ou uma música de trip hop. Newton nunca sentou em sua mesa e disse, "Hoje desenvolverei a Mecânica!"; muito menos Spielberg deliberadamente planejou gravar as melhores cenas com multidão do cinema.

No Direito, por outro lado, é incrível como tudo é sistematizado, teoria e prática. Ou eu sou um gênio do Direito, ou eu não faço a menor noção do que estou fazendo algumas vezes... A última opção é mais plausível e bem mais verdadeira.

31 outubro 2007

I am the modren man who hides behind a mask...

Era apenas uma segunda-feira com um clima estranho e uma vontade incontrolável de transformar tudo em ócio absoluto, ainda mais depois de ter passado tanto tempo num agradável almoço com amigos bacanas. Resultado: material para escrever um texto sobre "Como gazear uma tarde de segunda-feira de trabalho vendo TV em casa". Eis o resultado:
  • 17:00h - The Office (FX)
  • 17:30h - My Name Is Earl (FX)
  • 18:00h - Two and a Half Man (Warner)
  • 18:30h - Seinfeld (Sony)
  • 19:00h - Futurama (Fox)
  • 19:30h - Simpsons (Fox)
  • 20:00h - Jericho (AXN)
Na terça-feira, ao invés de repetir a dose, fui ao cinema assistir a "Tropa de Elite" (tudo bem, a sessão era 18:00h e eu já tava lá perto do Iguatemi mesmo...).

A lição tirada disso tudo é: jovens, não façam isso sem a supervisão de um adulto ou se você não for dono(a) do seu próprio nariz (eg. sócio do seu próprio escritório). :-)

A outra coisa bacana que aconteceu nos últimos dias foi a forma agradável de estrear meu seguro após a compra do carro novo...

Eu poderia ter batido forte, capotado umas cinco ou seis vezes em pleno ar, ter saído do carro sem nenhum arranhão e começar a pular no meio da rua tal qual Rocky Balboa após um cooper básico pelas ruas da Philadelphia. Mas é óbvio que Mr. Murphy não me permitiria isso. Do alto de seu trono, onde reina seu império sem dó e sem fim, ele olhou pra Terra e disse, "Você é um fanfarrão, Sr. 184! Eu vou lhe dar uma forma muito mais indigna e humilhante de fazer isso!"

E eis que uma pane seca (a.k.a. prego de combustível) ocorre EXATAMENTE quando estou atravessando a Rua Costa Barros às 17:20h da tarde. O trânsito congestiona tanto pela Costa Barros quanto pela José Vilar. E a melhor reação de todas foi a do motoqueiro que estava trancado, na Costa Barros, ao me ver descendo do carro com a cara de quem fez merda: começou a rir - mas pelo menos ajudou a empurrar o carro para a sarjeta, desbloqueando o trânsito em todos os sentidos.

Isso tudo também me proporcionou um outro momento igualmente vexatório: chegar num posto de gasolina com meu carro no reboque, e fazer com que o frentista abastecesse meu carro ali mesmo, sobre o guincho.

Às vezes eu acho que isso tudo é de propósito e - pior - que eu mereço...

21 setembro 2007

Is it my imagination or have I finally found something worth living for?

Hoje acordei com uma vontade exagerada de chocar o mundo!

Não, não vai ser dessa vez que anuncio minha suposta homossexualidade (inexistente, por sinal). Até porque a homossexualidade das pessoas já não choca tanto quanto há vinte anos. Exemplo disso foi o dia em que fui ao encontro de dois amigos em uma birosca e, ao ser apresentado a um terceiro, jocosamente informei ser "homossexual e filiado ao PFL". Todos, em coro uníssono, se espantaram: "PFL??!". E eu respondi que ninguém mais se importava com o homossexualismo...

Aceito sugestões autênticas e originais. (...)

Enquanto isso, minha tática para chocar quem quer que seja (talvez meu próprio ser) é passar a noite de sexta-feira sozinho, no escritório, sem whisky ou charuto (até porque não gosto de nenhum dos dois), ouvindo Jazz... Podia ser pior, é verdade, mas quase nunca é possível conseguirmos o que queremos. Por exemplo: queria postar um texto genial, e só saiu isso aqui...

09 setembro 2007

Chain reaction and mutation, contaminated population...

Vivo minha fase Russelliana, procurando lógica e utilizando-me da analítica até mesmo nas proposições cotidianas mais triviais. É assim que coisas como, "Gosto de pão sovado", viram pensamentos, no meu íntimo, desse tipo: "Existe um alimento feito de farinha de trigo, fermentado e assado em forno que é servido nas refeições iniciais do dia na tradição culinária brasileira; a espécie desse gênero que me agrada é aquela fermentada por processo diferenciado que resulta numa massa de casca assada mais fina e miolo mais consistente".

A grande diferença entre o pão sovado e o pão "normal" que você compra ou assa é a fonte da levedura. A maioria dos padeiros de hoje usa levedura cultivada que vem em pacote. O pacote contém o fungo da levedura vivo em animação suspensa. A levedura foi seca, preservada e transformada em pó. Você adiciona farinha, água, açúcar e sal à levedura para fazer o pão. A água reativa o fungo da levedura, que se alimenta do açúcar e do amido para fazer o pão crescer.

O pão sovado lida com a levedura de um modo completamente diferente. Os fungos da levedura da massa mãe são mantidos vivos constantemente em um meio líquido chamado iniciador. O padeiro captura a levedura que flutua no ar para criar o início do amido.

Fonte: http://casa.hsw.uol.com.br/pao-sovado1.htm

Russell é mesmo o meu ídolo do momento. O seu decálogo, por exemplo, é bem melhor do que o cristão e ainda explica toda a minha vida em algumas poucas regras:
  1. Não tenha certeza absoluta de nada.
  2. Não considere que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.
  3. Nunca tente desencorajar o pensamento, pois com certeza você terá sucesso.
  4. Quando você encontrar oposição, mesmo que seja de seu marido ou de suas crianças, esforce-se para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.
  5. Não tenha respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.
  6. Não use o poder para suprimir opiniões que considere perniciosas, pois as opiniões irão suprimir você.
  7. Não tenha medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.
  8. Encontre mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se você valoriza a inteligência como deveria, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.
  9. Seja escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentar escondê-la.
  10. Não tenha inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.
*****
Adendo: Michel Foucault correndo por fora nessa busca idiota pela minha idolatria: "A perseguição é como o amor: não precisa de reciprocidade para ser verdadeira."

26 agosto 2007

Only shadows ahead barely clearing the roof...

Esta manhã entro no banheiro, ligo o rádio e começa a tocar uma música que me trouxe muitas memórias de um passado não tão distante. A música era Sunday Morning, The Bolshoi. Já as lembranças eram de shows da The Singles no Universal Sports Bar e nas noites de sábadao na Órbita (2002/2003).

E essas lembranças me levaram aos tempos em que o Mucuripe era, de fato, no Mucuripe, e de tantas idas e vindas à Alfândega, com Pulso 100 e nos raríssimos shows de Máquinas na Pista por aqui (2000/2001).


Digressando mais ainda, vêm as lembranças das incontáveis vezes em que todos os meus bons amigos freqüentavam o El Bodegon às sextas, nos shows do Diamante Cor de Rosa (1998/1999)...

Esses tempos não voltam, por mais que queiramos. A grande dúvida é: se pudessem voltar, será que quereríamos vivê-los novamente?

Hoje eu me acho tão morgado e tão passivo diante da vida, que escorrega entre meus dedos como grãos de areia numa praia em que nunca estive. I remember when I was young feeling sick on Sunday morning. I don't wanna do it anymore...

[eppur si muove!]

18 agosto 2007

Tem mais samba no encontro que na espera...

Meu sócio e eu:


Eu gosto dele é muito! Mesmo quando ele insite em errar e eu sou contra essas atitudes... E estando certo em algumas coisas, basta um olhar que diz, "Told you so...". Mas gosto principalmente porque é nele em quem posso confiar hoje e sempre, de madrugada ou no limbo, quando o celular está desligado ou no silencioso. Não sei se foi ele quem me encontrou ou o contrário. O fato é que a vida põe muitas pessoas erradas no nosso caminho, mas o que vale exaltar são as vezes em que o destino acerta em cheio! E quando eu preciso dele, eu sei que ele está lá, e ele também sabe da recíproca.

Ele não é apenas o meu sócio, mas é dos meus melhores amigos da vida inteira, um negócio assim bem Manuel Bandeira. É o meu primo, não pela genealogia, mas por consciente escolha.

Obrigado por tudo que já foi e pelo que ainda há de vir!

04 agosto 2007

I may be dreaming but I feel awake...

Muitas pessoas passaram a semana me perguntando o que haveria na sexta, já que minha mensagem no MSN era, "maldita sexta-feira que não chega!"

Bem, considerando que todo sábado pela manhã tenho reunião, que terei uma outra pela tarde e que o resto do fim de semana já está boa parte preenchido com trabalho, não haveria nada de mais na sexta-feira. Aliás, minha programação básica para fins de semana têm sido, pretty much, ficar em casa mesmo.

Dessa vez resolvi sair... Sozinho, mas saí. Decisão de última hora enquanto conversava com uma amiga no MSN. Fui ver Duro de Matar 4.0, no Aldeota. Mais barato do que no Iguatemi, mais perto da minha casa.


Com o ingresso, a pipoca, a Coca-cola, a outra Coca-cola (porque a primeira acabou na fila enquanto todos esperávamos para entrar na sala após descobrirmos que o cinema havia dimensionado mal o horário das sessões por ter errado no tempo de duração do filme) e com o estacionamento, apenas R$21,00 - média do que eu gastava numa noite básica no nOise 3D, por exemplo.

Na ida e na volta, de carrinho novo, a trilha sonora que imperava no iPod era uma seleção de pancadas por Danny Tenaglia...


Meia noite em ponto estou em casa, e a noite pode ser considerada como "divertida". O medo é unicamente de ter aprendido a ser só, até porque pessoas fazem falta. E agora, o que fazer?

02 agosto 2007

Bang, bang... my baby shot me down!

É como eu disse ao longo desta semana aos mais próximos: se eu comesse todas as mulheres com quem já vislumbrei tal possibilidade - ainda que tenha sido um pensamento meramente unilateral -, precisaria me "desfiliar" do Greenpeace...

Calma! Nada contra as qualidades [prezadas por homens superficiais] das donzelas que paquero! É que a quantidade de borracha a ser jogada fora me faria um poluidor dos mais agressivos ao meio ambiente. :-(

Preciso resolver este problema de falta de objetividade URGENTEMENTE!

[não me perguntem quem seriam as ditas vítimas porque é capaz de meu momento de extrema sinceridade permitir a competente resposta, por bem ou por mal...]

11 julho 2007

Someday you will find me caught beneath the landslide...

A palavra da moda é "democratização". Mais um daqueles neologismos práticos herdados da era tucana. O problema é que mal se sabe o que é democracia, quanto mais como "democratizar". Para sanar tal problema de compreensão lógica, eis como o capitalismo moderno interpreta tal conceito:
  • Democratizar é ter um Oi, ouvir a Oi FM e, depois de passar um comercial informando mais uma das funcionalidades interativas daquela emissora - a possibilidade de retirar uma música da programação enviando simplesmente uma mensagem de texto (paga) com a palavra ODEIO -, imediatamente começar a execução da versão de Ana Carolina para "The Blower's Daughter";
  • Democratizar é ouvir uma versão de uma música num filme hollywoodiano, buscar sua origem na internet - acessada em banda larga - e descobrir se tratar de um clássico de Louis Armstrong. E na ânsia de ouvir big bands, comprar uma coletânea de Cab Calloway a um módico preço na Desafinado, pesquisar mais sobre o assunto e descobrir que um dos maiores expoentes do estilo musical é Count Basie, justamente o jazzista que deu nome a um dos projetos musicais que você mais anda ouvindo nos últimos dias: Count Basic;
  • Democratizar é trazer o Burger King para Fortaleza com uma campanha de marketing exibida no fundo dos ônibus que circulam na capital exibindo a foto de um Whopper com a mensagem "McAdeus!";
  • Democratizar é tornar o povo escravo do consumismo numa busca incessante pela melhora das condições econômicas do país.

É... Esse último tópico se encaixa bem no momento. É porque diferentemente de outros panoramas anteriores, este ano de 2007, no que diz respeito à felicidade imposta pelo consumismo sustentável, está sendo mais imbatível do que 2004!

Este ano já foi possível trocar meu antigo celular por um modelo de última geração, adquiri meu iPod Vídeo 30 Gb, comprei meu primeiro notebook e o auge de tudo isso aconteceu hoje, mesmo que não tenha sido por meio da realização de mais um ímpeto consumista, mas pela primeira vez na vida fui a uma concessionária pesquisar as formas de comprar um veículo 0 km.

Quem sabe dentro de uns dois meses eu tenha um carro novinho? Agora tenho um carro novinho! É até interessante, já que um dos meus maiores passatempos tem sido ficar em casa olhando pela janela, tendo no campo visual a imagem do meu carro estacionado na garagem. Pelo menos agora o visual é mais bonito, e enquanto pago as prestações do financiamento, essa conduta justificaria a falta de condições para sair e farrear a noite inteira.

É isso, democratização não tem nada a ver com democracia, mas sim com capitalismo, ou seja, garantir que o povo humilde cada vez mais tenha condições de consumir mais e mais. Ridículo, mas as aparências não enganam.

30 junho 2007

Think of the old days, we could have them back again...

The future of the future will still contain the past
Time goes slow and time goes fast
I can feel you looking back at me
To see how I've done
What is it inside you that makes you want to be my god?

0102.190209.280307.
160404.470507.1006.
03.510707.520804.05
0906.521002.551110.
281205.161306.29

07 maio 2007

Eu tenho os meus problemas, você tem os seus...

E ainda dizem que passar o sábado a noite em casa é derrota. No último, por exemplo, o dilema foi terrível: SBT X TNT. Na disputa, Donnie Darko X Matador em Conflito [Jake Gyllenhaal X John Cusack]. Anos 80 puro em ambos os filmes!

* * * * *

Top 5 - artistas famosos e suas músicas que mereciam fazer (mais) sucesso:

A-ha - Living a Boy's Adventure Tale
Madonna - Inside of Me
The Cure - Jumping Someone Else's Train
New Order - Vanishing Point
Information Society - Now That I Have You

* * * * *

Quem realmente domina o mundo da música dançante - e já há muito tempo! - é a França. De Daft Punk (e Stardust) a Phoenix, passando por Tahiti80. Até quando pensam em um bebê cantando, são os franceses quem lançam a bizarrice (vide Jordy). Paris is sleeping, Respect is burning!

* * * * *

...Mas esse não é mais o espaço para se falar de música (por mais que todos os textos sejam nomeados com trecho de alguma música). Quando se é esquizofrênico, autista e obsessivo, tudo ao mesmo tempo, dividem-se as multi-personalidades em diferentes projetos. O musical agora é aqui; o boêmio, acolá; e o resumo da ópera fica sendo aqui mesmo. Just deal with it!

30 abril 2007

And now I know how Joan of Arc felt...

Último dia do mês, e só pro mês não passar em branco para quem ainda ousa ler este espaço, conto uma situação verídica realmente baseada em fatos reais.

Você sabe que seu dia começa bem ao receber a ligação de uma amiga às 6:30h da manhã pedindo que você faça uma audiência trabalhista em Maracanaú. E você sabe que seu dia termina melhor ainda quando seu carro quebra exatamente em frente ao portão do 23º Batalhão de Caçadores do Exército e você chega em casa a pé, depois de deixar o carro na oficina e uma boa caminhada de 50 minutos.

Isso marca bem um mês movido pela apatia, pelo desinteresse, pelo conformismo e pela falta de esperança. E como hoje ainda é abril, ainda dá tempo das coisas piorarem. E irão...

14 março 2007

Everybody else is doing it, so why can't we?

Finalmente comprei um iPod! Não, o brinquedinho novo ainda não chegou. No entanto, ontem chegou o carregador externo que também comprei, para o caso de querer levar o iPod em viagens e cantos longe do meu computador.

Dezessete anos antes, ganhei da minha mãe, logo após minha aprovação no Colégio Militar e início das aulas na 5ª série, um Master System. Sonho de praticamente toda a molecada, graças às covardes propagandas e inserções publicitárias da Tec Toy na mídia da época. Só que, na busca de uma barganha perfeita, minha mãe comprou o vídeo-game de um contato dela em Manaus, na Zona Franca, que lhe enviou o produto lacrado.

Imagine, então, a minha felicidade ao, jogando bola em plena Rua Dona Leopoldina, ver os meus pais chegando à casa e me chamando com um sorriso gigante e um pacote considerável nos braços! Aberto o pacote e já preparando para ligar o vídeo-game na TV, eis que a fonte de alimentação não veio dentro da caixa... Estava faltando!

Era fevereiro de 1990, e minha mãe fez o contato com a pessoa em Manaus para explicar a situação e pedir que fosse enviada a fonte que veio faltando. Enquanto aguardava que a tal fonte chegasse, sempre freqüentava a Mesbla, chegando até mesmo a comprar alguns jogos, mesmo sem poder jogá-los.

A fonte só chegou em agosto daquele ano, e durante seis meses eu passava algumas horas frustradas olhando para aquela caixa, com um presente tão sonhado, sem poder usufruí-lo...

Hoje existe internet, Mercado Livre, SEDEX eficiente, indústria de fabricação não autorizada de peças genéricas de reposição e tudo mais. Mas não tenho ainda, em mãos, um iPod, apesar de ter uma fonte para seu recarregamento. Emoções opostas em tempos diversos. No entanto, é estranho - e divertido - voltar a ter a mesma ansiedade de quando tinha apenas dez anos de idade...

Verdadeira volta à infância. Só me faltaria agora que minhas principais preocupações na vida fossem uma boa nota na prova de matemática, esperar a reciprocidade de uma paquera e escolher bons jogos para jogar no final de semana. O tempo passa e a gente nem se lembra que cresce e que a vida muda bastante! No meu caso, entretanto, parece que só não me preocupo mais com as provas de matemática...

25 fevereiro 2007

Sadness was the best thing I could bring...

Chegou o meu aniversário! O lado bom disso é que meu inferno astral vai acabar, enquanto os de outros dois grandes amigos (Zé Lauro e J. da Manibura) ainda irão continuar até os dias 07 e 09 de março, respectivamente.

Para quem estiver em Fortaleza e a fim de uma festa bacana, meus 27 anos serão comemorados no Buoni Amici's Sports Bar, a partir das 19:00h. A festa terá os amigos DJs (levem seus cases!!) tocando em minha homenagem e fazendo um som bacana. Não, não tem ingresso! Presentes serão bem-vindos, no entanto! Hehehehehehehe!

Enquanto isso, vou curtindo meus auto-presentinhos:

Jamiroquai - High Times (The Singles 1992-2006):

Jamiroquai sempre foi uma das minhas bandas favoritas. Gosto de ressaltar o termo "banda", e não apenas o Jason Kay. Tanto é que (i) minha única tatuagem (por enquanto) é o Buffalo Man, o símbolo (ou mascote) da banda, aquele desenho do cara com uns chifres (muito propício à minha pessoa, pelo visto...), e; (ii) os meus álbuns favoritos da banda são mesmo os dois primeiros, quando haviam faixas instrumentais, o uso do didgeridoo (instrumento aborígene australiano, similar ao berrante do ppantanal brasileiro) e Stuart Zender (baixo) e Toby Smith (piano/teclados) ainda faziam parte do Jamiroquai.

Relutei, relutei e relutei. Como fã, tenho todos os álbuns e sempre os comprei no lançamento, logo não me faria sentido ter uma coletânea de singles. No entanto, quando estava na Desafinado do Del Paseo, na última quinta à noite, e vi os clips de músicas dos dois primeiros álbuns (alguns que nunca tive a possibilidade de ver antes!), a tentação foi grande e acabei trazendo o DVD pra casa. Peça para colecionador ou para quem quer curtir o som da banda sem maiores compromissos. Na pior das hipóteses, as danças esquisitas do Jay Kay são bem legais!


Pet Shop Boys - Concrete:

Também uma das minhas "bandas" favoritas, o dueto formado por Neil Tennat e Chris Lowe está entre as coisas mais queridas da minha vida e já tem mais de vinte anos de carreira, Mesmo assim, somente em outubro do ano passado lançaram Concrete, seu primeiro álbum gravado ao vivo, com arranjos orquestrais para vários de seus clássicos, porém com maior destaque para músicas do Fundamental, seu último trabalho de estúdio.


Peça obrigatória de colecionador, por se tratar do único álbum ao vivo (oficial) da discografia da dupla. É bacana, deixando a desejar apenas no tracklist e na versão de It's Alright (versão do single, e não a magistral versão do Introspective). Supera as expectativas nas participações especiais de Robbie Williams, Rufus Wainwright e Frances Barber (que cantou algumas das músicas feitas para o musical Closer to Heaven, do qual os Pet Shop Boys foram os criadores da trilha sonora e do espetáculo como um todo). Adquirido na mesma oportunidade que o DVD do Jamiroquai.

Everything But the Girl - Adapt or Die (Ten Years of Remixes):

EBTG está entre as bandas que gosto muito e quase ninguém conhece bem, apesar de todo o sucesso que fizeram no começo de sua nova fase. Digo "nova fase" porque a banda, que no início primava por um estilo definido como new bossa, mudou radicalmente de postura depois que Missing, um de seus maiores sucessos, ganhou uma versão remixada fabulosa e que estourou nas pistas e nas rádios do mundo inteiro. Desde então, Ben Watt se especializou em ser DJ e a dupla formada por ele formada com Tracey Thorn se especializaram em músicas inteligentes, dançantes, orientadas para pista.

Se o EBTG era melhor antes ou depois, é difícil dizer. O certo é que a segunda fase é muito boa MESMO! E este álbum é o registro de alguns dos melhores remixes já feitos com o material produzido pela banda. Destaque para a sensacional versão de Corcovado, que foi originalmente gravada para o Red Hot + Rio e que, apesar da orietanção eletrônica dançante, não deixou escapar o gostinho fantástico da música brasileira no seu clima. Comprado um dia antes do que os dois anteriores, só que na Desafinado da Dom Luis, que possui um repertório fantástico para se garimpar.

13 fevereiro 2007

'Cause I no longer know where home is...

Definitivamente deve haver o tal inferno astral, e não pela sucessão de desventuras ou mazelas, mas pelo mal espírito que impregna minha vida.

As coisas que a gente espera que sejam boas não se demonstram assim. Por exemplo, acabei de chegar do tão esperado show do Erlend Øye e não gostei tanto assim. Não que o show não tenha sido bom, mas talvez o meu lugar não fosse ali. E nem eu sei bem onde é o meu lugar. Até porque, ultimamente, tenho tido mais certeza quanto a onde não devo estar, e muitas vezes não levo essa auto-opinião tão a sério quanto deveria.

Há sinais por todos os lados, principalmente quando em plena tarde de trabalho, numa mera segunda-feira, você se surpreende dominado por uma vontade incontrolável de cantarolar for a minute there I lost myself, I lost myself...

Só existe uma constante na vida: a incerteza, derivada da pura racionalidade, a maldita que nos faz questionar o óbvio e escolher o duvidoso. É como ir a uma festa de aniversário e encontrar o grande amor da sua vida enquanto ela toma apenas mais um porre.

E um dia, afinal,
tinham direito a um alegria fugaz
uma ofegante epidemia
que se chamava carnaval
o carnaval, o carnaval
(vai passar!)

11 fevereiro 2007

...A chance of a lifetime to see new horizons!

Ou o mundo é muito anormal ou as pessoas realmente não me entendem, mas eis que há uma série de coisas que eu gosto e não há compreensão por parte dos que me cercam, senão vejamos:

  1. O primeiro álbum do então J. Quest: Tão bom quanto os dois primeiros do Gabriel, O Pensador ou os dois primeiros do Jamiroquai. Todos eles, desde então, resolveram apenas ganhar dinheiro. Mas enquanto eram bons, eram MUITO bons!
  2. Roda JC: Sim, eu tenho um clube do coração na Holanda e ele não faz parte do mainstream do subalterno futebol local. Trata-se da gloriosa esquadra de Kerkrade, no sudeste da Holanda, na fronteira com a Alemanha e a uns 80km de Eidhoven. Ninguem explica as paixões...
  3. Filé a Parmegiana: Só há um ser vivente no mundo que me entende e ainda é um jornalista - Dawlton de Moura Borges. Mas a iguaria culinária tem seu charme peculiar e nenhum outro prato, por mais caprichado e suculento que possa ser, supera o fake italian beef.
  4. Anos 80: Sempre gostei daquela época - as melhores músicas, os melhores filmes, os melhores cartoons e os melhores brinquedos. Até 2000, mais ou menos, eu era um grande esquisito por causa disso, até que todo mundo voltou os olhos para aquela década perdida. E tudo o que eu gostava com exclusividade acabou se tornando objeto da mais pura idolatria histérica. Aí tudo foi vulgarizado... Não que eu queira ser cult ou superior, mas ODEIO quando idiotas gostam das mesmas coisas que eu.
  5. Clips na MTV: Quando a MTV começou a passar em sinal aberto por Fortaleza (finalzinho de 1994) e TV por assinatura ainda não era um artefato de luxo absolutamente necessário, o melhor da MTV eram os clips e os vários artistas e bandas que descobri. Hoje a MTV é pura merda! E ainda quer abolir os clips de sua programação...
  6. Línguas diferentes: Todo mundo estuda Inglês e Espanhol. Tá, eu também estudei Inglês, mas depois disso fui fazer Francês, porque ainda tinha o sonho imbecil de ingressar no Instituto Rio Branco. Mas quando o Francês foi abolido, preferi priorizar línguas que a maior parte das pessoas não se interessariam, como Alemão e Italiano. Ainda quero aprender Holandês, e se um dia fosse diplomata, sonharia com a missão brasileira no Zimbábue.
  7. Física teórica: Assim como todo adolescente dito "normal", odiava Física no colégio. No entanto, quando terminei Direito, o primeiro curso superior que ingressei foi justamente nele. Tudo isso depois de constatar que, em casa, tinha mais livros de Física teórica do que de Direito. E ainda me interesso por ciências em geral, muito mais do que na novela das oito.
  8. Ruivas: Homens superficiais sonham com loiras ou morenas - as espécies-clichês femininas mais transformadas em objeto sexual na história. Apenas para confirmar o fato de que sempre tenho aversão ao que os idiotas preferem, idolatro as ruivas e até tenho o prazer de conhecer belos exemplos da espécie. No entanto, no final das contas tudo se reume a um antigo diálogo pelas ruas do Rio com um outdoor da TIM com Mariana Ximenes à nossa vista. Entre discussões sobre ela ser melhor loira ou morena, concluí logo que ela seria melhor na minha cama!
  9. Ex-alunas do Santa Cecília: Parece perseguição, mas nos últimos dez anos as mulheres por quem mais me interessei eram egressas daquela escola. O que há na formação genética das mulheres que estudaram no mencionado colégio, não sei dizer. A coincidência é deveras interessante. Tanto que uma das primeiras perguntas que faço na sessão paquera é, "Você estudou no Santa Cecília?"
  10. Esportes norte-americanos: No Brasil, pessoas normais idolatram futebol. Muitas noites deixo de sair para fiar em casa vendo os duelos na NBA ou na NFL. Sim, basquete e futebol americano estão entre minhas opções esportivas. O Hockey também (mas não passa nas TVs a que tenho acesso). Muitas vezes um bom jogo de basquete é melhor de ver do que uma pelada suburbana brasileira.
Ainda poderia falar de hip hop old style e músicas dançantes em geral, mas isso fica para um próximo desabafo. Até porque ultimamente tenho ouvido quase que exclusivamente eletrotango ou pop escandinavo. Por coincidência total, haverá show de Erlend Øye em Fortaleza na próxima terça-feira, quase dezesseis anos desde que a última exibição norueguesa de sucesso passou por aqui: o a-ha. Sejamos felizes os diferentes, então!

01 janeiro 2007

All is quiet on New Year's Day...

É... Já é 2007 e mesmo depois de tantos desejos de tantas pessoas nada melhorou ainda. Talvez seja pressa. Talvez eu não reconheça o quanto foi bom tocar Strawberry Fields Forever na Oi FM enquanto tomava banho mais cedo. O fato é que, mesmo sem grandes acontecimentos até agora, é fácil deduzir que 2007 será um ano muito, mas MUITO melhor do que os dois últimos que passaram, pelo menos.

Isso não significa que não reconheça a grandeza e a importância das grandes amizades que fiz nos últimos dois anos, mas 2005 foi masrcado por uma gigantesca decepção [do tamanho de uma galáxia, mas na verdade sei que é um pouquinho maior...] e 2006 foi consagrado por um grande alívio que, enquanto não se encaixava bem na minha realidade, trouxe conseqüências nefastas com as quais certamente terei que conviver por uma decada inteira, certamente.

Não que eu seja imediatista, mas realmente espero bem mais de 2007. Até porque se for pior do que os anos que passaram, não vai valer a pena mesmo! A vida tem que ser muito mais do que isso que já foi até agora. [nunca vou me esquecer dessa frase...]