25 dezembro 2006

El capitalismo foraneo...

Se você foi uma daquelas pessoas que não me desejou Feliz Natal ou Feliz Ano Novo, fez muito bem. Não que eu seja anti-social. [Até que eu sou - acredite! -, mas isso não vem ao caso neste momento...]. O que rola é que eu sou absolutamente desgostoso de feriados-clichês e movimentos em massa para imputar alegria forçada em momentos periódicos do ano. Isso sem contar a minha rejeição violenta - ao longo do tempo - por religiões de qualquer espécie... Afinal, Natal é um feriado de cunho religioso absurdamente deturpado pela história.

Por isso mesmo, e não tão diferentemente de outros anos, meu Natal foi sozinho, em casa, lendo sobre teorias de conspiração e anti-semitismo no Wikipedia. Tudo graças ao presente que me permiti ganhar: O Complô - A História Secreta dos Protocolos dos Sábios de Sião, último projeto de Will Eisner.

Isso acompanhado por minha nova paixão, o tango eletrônico de Gotan Project, Tanghetto, Bajofondo Tango Club, entre outros.

Em que pese ter participado de várias confraternizações supostamente "natalinas" neste fim de ano, em nenhuma delas verifiquei o espírito religioso presente. O que vi foi uma metamorfose temporária de pessoas se congregando e buscando desejar - até mesmo de forma não espontânea - a felicidade de seus próximos.

Nunca achei que esse tipo de reação devesse ocorrer apenas no final do ano. Esse tipo de desejo mora em mim, permanentemente, o tempo inteiro. E talvez por não compreender e assimilar bem as atitudes de normalidade do mundo, torno-me cada vez mais indignado e segregado de uma vida social antes bem ativa.

Isso não se chama depressão, não. Longe disso! Solitário é quem não sabe viver sozinho. E por isso mesmo minha opção primordial é por passar o reveillon também só, por não tolerar muito bem festividades desse jaez.

Sim, eu sou estranho - ou, pelo menos, bem diferente do convencional. Nunca me mostrei de outra forma. Desculpe-me, mas quem quis gostar de mim - ou simplesmente conviver com minha pessoa - foi você. Não me venha culpar por aquilo que não é minha responsabilidade...

[Feliz Natal! Feliz Ano Novo!]

05 novembro 2006

Loneliness can be ignored and time has shown me how...

Outubro já foi um mês mais difícil de lidar. Ano passado, principalmente. Bem mais do que nos outros dois anos anteriores, certamente. Mas agora outubro passa e o peso não fica. Isso tem seu lado bom. O ruim é que outubro significa muito mais do que uma linda música do a-ha ou um álbum do U2...

* * * * *

Ah, essas sinfonias maravilhosasa que a vida involuntariamente nos traz... Falando em música, uma manhã dessas estava ouvindo Tangocrisis, do Tanghetto, e eis que, em perfeita simetria, dispara o alarme do meu relógio. Sim, aqueles dois bips seqüenciais que já são mais do que característicos em relógios digitais. E o encaixe entre a canção e os bips era perfeito! Foi apenas curioso, mas eu adorei!

* * * * *

Dia desses revi dois filmes definitivamente muito bons: Clube da Luta e Matador em Conflito. Gosto mais de fazer referências a este último por seu título original: Grosse Pointe Blank.

De toda forma, isso tudo me fez refletir que, definitivamente, não quero em minha vida uma pessoa que eleja a temática esquizofrênica como seu modo de vida, que esteja cagando para o que acontece no mundo e apenas se preocupa - e olhe lá! - em respirar e viver um dia atrás do outro com uma noite no meio. Quero eu mesmo transformar a minha vida a partir da estabilidade que não me leva a nada a algo que conduza à felicidade, e não simplesmente viver por viver. Prefiro esperar a redescoberta de uma Debi Newberry do que novas experiências com uma Marla Singer inconseqüente.

Até lá, vou levando a minha vida em meio a programas de casal absolutamente solitários. Um dia isso muda... Se pra melhor ou pra pior, não sei. No entanto, hoje em dia mudar já é um bom começo.

* * * * *

Feliz aniversário, Manu! Não só pelo aniversário, mas o orgulho de tê-la como colega apaixonada pelos mesmos estudos faz crescer em mim o desejo por todo o sucesso que tu mereces! Parabéns!

07 outubro 2006

Now I'm so scared of the weeks ahead...

Não sei dizer o que leva uma pessoa, no final duma manhã de sábado do começo de outubro, a se emocionar ouvindo In My Life, dos Beatles, e achar que um dos filmes mais geniais da história acabou sendo mesmo "Antes do Amanhecer" - o filme que conta uma vida inteira em 24 horas.

Esse lance de inferno astral realmente é forte. Mas quando o inferno astral não é nosso, é mais complicado ainda lidar com ele. Coisas boas, pelo menos. Boas lembranças, bons projetos falidos, uma boa vida que poderia ter sido [mas não foi].

Para o fim da (imbecil) reflexão, só Morrissey poderia dar uma pancada ainda mais forte... I know you love one person so why don't you love two, love?

* * * * *

Coming attractions:
  • Nesta quarta, dia 11/10 (véspera de feriado), That 80's Party!, no Amici's, a partir das 22h, com discotecagem minha, além do DJ Marquinhos (gênios dispensam apresentações). Um tributo à saudosa década que todos amamos difamar e, ainda assim, não conseguimos dela nos livrar. Um tributo mais especial ainda a John Hughes, um dos maiores expoentes do cinema adolescente da época, com uma exibição do filme Mulher Nota 1000, clássico absoluto da Sessão da Tarde. Imperdível para quem é nostálgico e gosta de compartilhar com pessoas bonitas esse sentimento. Maiores informações: (85) 3219.5454.
  • Depois do feriado, na sexta (13/10), e ainda na linha das grandes contribuições que os anos 80 fizeram às nossas vidas, Enjoy the nOise será a festa para quem desejar trocar o pop/rock questionável do Ceará Music pela excelência do pop eletrônico (Synthpop) de um dos maiores expoentes do gênero, Depeche Mode. A festa será no nOise3D Club, a partir das 23h, com a participação do Anderson69 nas discotecagens junto comigo, dois apaixonados pela banda. Maiores informações: (85) 3219.3409.

07 setembro 2006

You are sleeping, you just don't want to believe!

A ausência deste blog nao foi proposital. É porque, como quase tudo na vida, as coisas em geral andam em bando. Quando estava curtindo as férias forçadas em modo de ócio absoluto, nada realmente acontecia. Mas quando voltei a trabalhar de forma fixa, estável e constante, vários e vários projetos tiveram início.

Agora posso me dizer realmente empresário - gestor de projetos - e já em busca de especialização na área. Também foco na advocacia que mais me interessa, tentando buscar oportunidades singulares no campo da Propriedade Intelectual. Da mesma forma, participo do grupo inicial que fomenta a criação de um instituto local dedicado aos estudos de assuntos próprios ao Direito Empresarial. Isso tudo sem considerar o meu hobby-quase-profisisonal favorito: a discotecagem.

Por sinal, ontem rolou a festa que me provou que é bastante gratificante trabalhar em um projeto que dá certo. E com isso é possível interagir todos os aspectos da minha nova realidade profissional e ainda me divertir fazendo com que os outros se divirtam. É, as coisas bem que poderiam ser consideradas "bem melhores" hoje em dia. E realmente são. Mas ainda falta algo fundamental...

20 julho 2006

...feel the rhythm of the evening taking us up high!

Sábado passado fui convidado para discotecar num projeto só de música dançante. A temática, em tese, seria voltada para disco music, coisas mais dos anos setentas... Na verdade, apenas comecei tocando algumas pérolas da época, coisas bem desconhecidas do público que estava na casa. E aí dei uma leve passada pelos anos oitentas e acabei focando mais na dance music dos anos noventas. O sucesso na pista foi grande!

No entanto, aquele convite fez despertar - de novo - um monstro: o "Germano compulsivo por música dançante do fim dos anos 70". Agora tenho ouvido bastante daquelas coisas e até pensando em fazer um projeto nessa linha. Público sei que não vai faltar - não é o meu habitual, mas vejamos se mais esse projeto vai pra frente...

Enquanto isso, na vitrola... er, no iTunes, rola George Benson, Give me the night.

[alright, tonight!]

18 julho 2006

Reach out and touch faith!

E agora que a vida está voltando ao "normal", as dívidas andam sendo quitadas e a Distrivídeo anda sendo visitada. Até mesmo porque minha loja favorita fica bem no caminho pro escritório. Então a velha rotina de alugar filmes e comprar pão no Montmarttre pode voltar à ativa.

O filme de hoje é "O que fazer em caso de incêndio", dando início ao meu projeto de assistir a filmes alemães bacanas que ainda não vi. Na seqüência deverá vir "Corra, Lola, Corra" e alguns do Wim Wenders.

As quartas - que por muito tempo eram de ocupação cativa do Café Pagliuca - agora têm novo destino: o Fafi. Pelo menos tenho andado com uma certa regularidade por lá, e não será diferente amanhã.

Bom rever o Sileno, amigo dos tempos de faculdade e que já há anos não tinha notícias. Agora sei que está de volta a Fortaleza, e tenho de novo seu número. Lembro-me demais de sua presença no meu aniversário de 2002, no The Wall, num tributo ao George Harrison. Coisa boa reencontá-lo!

No mais, mais do mesmo... Desenferrujar tem seu custo, e ando bastante cansado ultimamente. A boa sorte é a certeza de que pessoas queridas retornam de longe amanhã, e as tantas ligações vindas de País de Gales pra cá serão agora uma presença física agradável. Coisas boas sempre acontecem em escala. O diabo é quando as coisas vêm ladeira abaixo...

09 julho 2006

Don't care what people say, just follow your own way...

Há coisas na vida que realmente são inexplicáveis. É aquela velha lenda de que Deus escreve certo por linhas tortas. E quando eu queria inventar uma desculpa e conseguir uma forma de não trabalhar durante a Copa para poder acompanhá-la como gosto, eis que saio abruptamente do meu emprego antigo - o que era mesmo, já há muito, uma mera questão de tempo.

E quando a Copa se aproxima, e todo o meu dinheiro está absolutamente na iminência de acabar, eis que sou convidado para ministrar aulas num curso. E logo em seguida, na penúltima aula deste curso, eis que sou contratado por um outro escritório - do qual possivelmente não terei motivo nenhum para reclamar de sua administração.

Tudo bem. Nem a Holanda, nem a Inglaterra foram campeãs mundiais, mas ainda bem que não foi também a França. Nem tudo é perfeito. E segunda-feira - o dia depois da final da Copa - é o dia de voltar ao trabalho.

That's it, baby! I'm back in business!

22 junho 2006

What if the right part of leaving turned out to be wrong?

Existe a água. E quando se a despeja com exagerada vontade em um copo, fugindo totalmente à razoabilidade, ela derrama, mas não enche o receptáculo. Sempre resta um pouco de espaço...

E isso é o que de pior pode haver: espaço para que as gotas d'água transbordem o copo, lentamente, pouco a pouco. Uma verdadeira tortura!

[no, I really can't live with that...]

14 junho 2006

How can you expect to be taken seriously?

Eu me conformaria mais com as coisas se o Orkut não fosse tão sarcástico... Por exemplo:

Today's fortune:
Your love life will be happy and harmonious

[Réééééén!]

08 junho 2006

Time goes by, no time to cry...

Dia desses fui buscar a Samantha no seu trabalho, e nós havíamos combinado - junto com outras pessoas muito queridas - de ver "A Corporação", no cinema de arte do Iguatemi. Pelo MSN, impliquei dizendo-lhe que a buscaria às 18:22h. Samantha tem problemas sérios com números quebrados. Tomei banho e saí. Eis que antes de ligar-lhe para avisar que estava chegando, olho pro relógio e sorrio: 18:22h. Então ligo e peço-lhe que veja as horas. Ela se toca e fica indignada!

(...)

Seria interessante se houvesse mesmo uma hora precisa para tudo na vida. Seria mais interessante se nós soubéssemos dessas horas. Não, não acredito em destinos, mas acredito em inevitabilidades.

E eis que um ano vai completar desde que um novo fim começou...

28 maio 2006

To obtain celebrity we'll do anything at all!

Sempre disse que detestava realities shows. Na verdade, não é e - dificilmente - seria o meu tipo de programa favorito na TV. Confesso: uma vez acompanhei com regularidade a segunda Casa dos Artistas, e por isso mesmo posso dizer com a experiência vivida que esse tipo de evento não faz em nada o meu estilo.

No entanto, estou perplexo com a cobertura que estão dando às atividades da Seleção Brasileira às vésperas de mais uma Copa do Mundo. SporTV e ESPN Brasil transmitem - ao vivo! - os treinos físicos e táticos da seleção, com direito a narração, comentários abalizados e até reportagem de campo! Bem dizer, um reality show do futebol.

Engulo o orgulho e visto a máscara da hipocrisia: dessa vez eu gostei. Nunca fui tão bem informado sobre os bastidores de um dos princiais aspectos de parcela do meu entetenimento - o futebol - desde que vi o making of de "Os Vigaristas", dirigido por Ridley Scott.

Acho que agora só falta mesmo o reality show com políticos, como supostamente sugerido por Rita Lee num desses spams que circulam por e-mail. E eis que, por pura coincidência, se aproxima mais uma intensa campanha eleitoral. O momento é verdadeiramente propício. E a baixaria que rola nos bastidores é de pleno interesse para formatação de uma atração televisiva. Já imaginaram Lula, Geraldo Alckmin, Garotinho, Heloísa Helena, Cristovam Buarque e o escambal, trancados numa casa com seus assessores, durante a elaboração de seus planos de campanha? Certeza de recorde absoluto de audiência, no lugar da velho e desgastada propaganda eleitoral obrigatória! Falta só que eles - eles todos! - vistam também suas máscaras de hipocrisia...

[tempo para ouvir "Shameless", Pet Shop Boys]

17 maio 2006

We dont need no thought control!

Esta noite sonhei que voltava ao meu antigo local de trabalho e estragava violentamente uma reunião do meu ex-empregador, no fechamento de um negócio importante. Era uma reunião com várias pessoas, e eu simplesmente ingressava na sala e falava todas as verdades do mundo sobre meu ex-chefe. Ele bem que merecia, e a cena - guardadas as devidas proporções - me lembrou demais o final de um filme meio boboquinha, mas que adorava demais: "O Segredo do Meu Sucesso", com Michael J. Fox.

Por coincidência total, acordo com o telefone tocando, e é o oficce boy do antgio escritório, dizendo que precisava coletar minha assinatura para um documento, e que era urgente, porque Dr. Valmir estava precisando disso com rapidez. Acho que outubro é um bom mês para assinar papéis para ex-chefes...

Eis que os meus sonhos têm se tornado realidade. O mais doloroso é que é um sonho em que desejo mal a alguém. E não entro no mérito sobre se este alguém merece ou não um grande mal. [acho até que ele já está cercado de vários males, o que é bem merecido mesmo]. Porém, o que queria mesmo é que os sonhos em que desejo o bem para uma pessoa em especial - estes sim! - também se transformassem em realidade.

29 abril 2006

They say an end can be a start...

Viver sem perspectivas não é tão ruim assim. É péssimo, mas não é tão ruim. Pelo menos, não consigo enxergar prós e contras, o que já é alguma coisa. Viver sem perspectivas não é uma indecisão, nem uma indefinição. É ocupar um vazio, cercado de muito vazio e com um outro grande vazio adiante. É, e eu sempre quis ser astronauta quando criança...

28 março 2006

Tonight I think I'll walk alone, I'll find my soul as I go home...

Tenho plena convicção de que desejo e quero tudo aquilo que não é certo. No entanto, sei bem entender tal conceito, pois nem sempre que não é certo não precisa ser necessariamente algo "errado". Amar uma mulher que não te ama não é errado - é apenas imprudente.

Dessa forma, passa-se a viver com menos culpa e com menos angústia quando se compreende com maior clarevidência que aquilo que tanto perseguimos ao longo de toda a nossa existência não são coisas erradas. Estamos apenas praticando atos imprudentes.

De toda forma, é preciso assumir uma culpa, diversa daquela primeira. O difícil não é conviver com a certeza de desejar coisas supostamente "erradas", mas sim assumir a culpa pela imprudência de nossos atos, de desejar o que não é certo. A diferença é sutil, e o limite entre ambas as situações é extremamente tênue.

É por isso que se diz que errar uma vez é bom - é educativo e didático; na verdade penso que é a melhor forma de aprender - mas que errar duas vezes é burrice. Nem sempre aquilo que nos decepciona e nos faz quebrar a cara, após relevante relfexão, é algo errado - é apenas algo que não é certo. Existem contrários, e existem contraditórios.

Recomendação de leitura: Dialética para Principiantes, de Carlos Cirne-Lima, da Editora UFRGS. Aliás, se essa obra for encontrada, por favor me avise, pois a minha edição foi emprestada em meados de 1997 e nunca foi retornada pela bondosa alma que até hoje a possui...

13 março 2006

...I always wanted to be a gangster.

CINEMA:

É certo que O Poderoso Chefão (The Godfather) é eleito como um dos melhores filmes da história. É o número 1 na votação do IMDB (a Bíblia do cinema), e há uma curiosa lenda sobre a virilidade do filme e sua predileção exclusiva pelo público masculino, ao passo em que provoca verdadeira ojeriza às mulheres.

O clássico de Francis Ford Coppola é uma adaptação da obra literária homônima que consagrou Mario Puzo como o grande contador de histórias sobre gangsters de procedência italiana (vulgo "mafiosos") do início da década de 70. O roteiro do filme também ficou a cargo de Puzo. Ninguém melhor do que o próprio autor para adaptar sua obra e evitar maiores dissabores ao público (como semelhante ocorrido, por exemplo, com a hedionda adaptação de "O Senhor dos Anéis" ou quase todo filme baseado em uma história de Michael Crichton).

No entanto, não falo de Puzo, de Coppola ou de O Poderoso Chefão. É interessante como um outro trio fez um sucesso semelhante cerca de vinte anos depois, apesar de não serem tão melhor valorizados.

Os Bons Companheiros (Goodfellas) é um filme de Martin Scorsese baseado numa obra de Nicholas Pileggi que - tal como Mario Puzo - também enveredou seus livros sobre a criminalidade para o cinema. Basta lembrar que os mesmos autor e diretor são responsáveis por Cassino (Casino), outro bom filme que retrata uma faceta diversa da vida bandida.

[talvez seja hora de ambos se engajarem em um novo projeto, e assim recuperar a imagem de Martin Scorsese como o grande diretor que um dia foi...]


Particularmente, Os Bons Companheiros causou-me impacto e possui relevância muito maiores do que ocorreu em relação à cultuada obra resultada da parceria entre Puzo e Coppola. Talvez seja por causa da primeira frase do filme, que diz logo a que se propõe: As far as I can remember, I always wanted to be a gangster.

Diferentemente de seu irmão mais velho, o filme de Scorsese não ganhou o Oscar de melhor filme (não que seja relevante ganhar tal prêmio, sempre tão discutido com relação ao aspecto do mérito de seus ganhadores em detrimento da promoção de interesses comerciais da indústria cinematográfica norte-americana).

Diferentes também são as abordagens de cada obra: O Poderoso Chefão narra a história de Michael, que assume o comando da família Corleone com a "aposentadoria" de seu pai. Mas não se propõe a desenvolver a personalidade do Padrinho como alguém que realmente gosta do que faz. Tanto que o principal "sonho" de Michael Corleone é legalizar os investimentos de sua família e afastá-la da criminalidade.

Os Bons Companheiros, não. O filme inicia e se desenvolve justamente com a abordagem de que ser gangster é o que Henry Hill sempre quis, era o seu sonho de vida e o preço que pagou por realizá-lo.

Ambos mostram o sofrimento de homens: um por desejar abandonar a vida criminosa, o outro por desejar não ter que abandoná-la, custe o que custar.

Além de tudo, Os Bons Companheiros não possui o "histórico negro" em relação ao público feminino que falam haver em relação a O Poderoso Chefão. Não é para menos: por uma dessas irônicas curiosidades, Nicholas Pileggi é casado com Nora Ephron, também escritora, só que de roteiros para filmes eminentemente dedicados às mulheres, entre eles Harry e Sally, Sintonia de Amor e Mensagem Pra Você.

Ainda que Os Bons Companheiros não possua a relevância histórica e o sucesso obtido por O Poderoso Chefão, vale a pena conferi-lo. Uma história muito bem contada e que gera um grande prazer ao ser assistida, com uma performance sensacional de Ray Liotta, Robert De Niro e Joe Pesci. Fica a sugestão.

10 março 2006

Oh my God! That's the funky shit!!

Dica 1: Quando sair pra beber com dois de seus melhores amigos, lamentar que perdeu o período matrícula na faucldade e, no meio da bebedeira, for informado de que, na verdade, a matrícula termina na manhã do dia seguinte, nunca faça sua matrícula nessa madrugada em que chegar em casa totalmente bêbado! As chances são grandes de que você possa se dar muito mal e se comprometer de uma forma aburdamente inimaginável!

Dica 2: Amanhã (11/03) , no nOise 3D Club, mais uma edição da festa do projeto Plug It In!, a partir das 22:30h. Estarei por lá discotecando com os amigos, esperando que seja uma noite bem agradável.

05 março 2006

...goodbye, I'm going home.

Fevereiro realmente foi um mês para não aparecer por aqui. Se não acreditava em inferno astral, tive todos os motivos para, agora, aceitá-lo com grande temor. Não esperava nada muito bom num ano em que meu aniversário - de novo - cairia bem no meio do Carnaval.

Agora, só me resta esperar que a Holanda também não ganhe a Copa do Mundo, em junho. E também que o Brasil não eleja um presidente decente e que a política - assim como ela é no Brasil - permaneça e se perpetue. Não posso esperar coisas boas, é verdade! E ainda assim, continuo as esperando...

Por quanto tempo, não sei. Enquanto estiver por aqui, talvez. Serei sempre pessimista, mas o princípio de Yin e Yang é uma constante neste universo.

14 janeiro 2006

I may be dreaming but I feel awake...

"Love is passion, obsession, someone you can't live without. If you don't start with that, what are you going to end up with? Fall head over heels. I say find someone you can love like crazy and who'll love you the same way back. And how do you find him? Forget your head and listen to your heart. I'm not hearing any heart. Run the risk, if you get hurt, you'll come back. Because, the truth is there is no sense living your life without this. To make the journey and not fall deeply in love - well, you haven't lived a life at all. You have to try. Because if you haven't tried, you haven't lived."

Em portugês, o título do filme é "Encontro Marcado". No começo achei que me identificaria com o filme porque Brad Pitt era um jovem advogado que confessou que abandonaria tudo o que tivesse na vida pela mulher que amasse. Mas depois percebi que me identifiquei com o filme porque se tratava de um grande amor impossível de ser vivido. E quando o filme termina, eis que os créditos sobem ao som de "Somewhere Over the Rainbow/What a Wonderful World". A mesma versão que com ela tanto me emocionei em outro filme, "Como se Fosse a Primeira Vez".

É tempo de ser introspectivo e de viver um pouquinho no passado, porque é tempo de refletir e - se não chorar - concluir sobre a impossibilidade de se viver o amor da vida inteira. Para todo o sempre.

Eu sou a própria morte.

PS: Deus escreve mesmo certo, por linhas tortas. Ainda bem que hoje assisto a filmes sozinho. A vergonha das lágrimas [necessárias] desesperadamente escorrendo pelo rosto é muito menor...

07 janeiro 2006

The sound of the atom splitting

Assim, sem muitas novidades para o ano novo. Mudei de celular (agora fui pra Oi, finalmente) e fazia tempo que não ficava tão satisfeito com um aparelho na minha vida. Foda-se a Motorola! Minha predileção ainda é Nokia, mas não tem saído nada num custo/benefício legal. Assim, o jeito foi a Samsung, and so far, so good.

Ah, também fiz uma tatuagem no braço (o desenho é o Buffalo Man, "mascote" do Jamiroquai) e coloquei um piercing na orelha. Já deu confusão no escritório, e me pediram pra tirar.

Fora isso, algumas resoluções de ano novo que certamente não serão levadas a sério, mas uma coisa que realmente gostaria de fazer era ler mais, estudar mais e sair menos. Muito menos, por sinal. Este fim de semana, por exemplo, isso será colocado em prática, até por necessidades acadêmicas. E com isso, deixarei de aparecer em algumas festas. Aliás, preciso parar de gastar o dinheiro que não tenho com farras que não posso fazer usando o tempo precioso em que poderia repousar para não me desgastar mais ainda no trabalho.

Fora isso, a mesma merda de sempre. Ano novo, nada muda. Aliás, detesto datas festivas e feriados. Primeiro porque realmente não me significam nada. Segundo porque são celebrações de hipocrisias. Resquícios de uma fajuta tradição cristã ocidental de que a confissão a tudo perdoa. É só querer que tudo vai ficar bem. E nunca foi, nem nunca vai ser assim. A isso se chama "ser obrigado a (con)viver em sociedade".

Bem dizer, não sei porque você costuma insistindo em voltar aqui e ler estas porcarias que escrevo. Eu nunca tenho nada a dizer. Nada de útil, nada de concreto, nenhuma lição para a vida. Mesmo eu, que tanto costumo apanhar dela. E como já dizia o psuedo-intelctual Prof. Pasquale, "É isso aí!"