26 janeiro 2008

...it hurts me to see you this way...

Permita-me Manuel Bandeira:
Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância.
Ela entrou com embaraço, tentou sorrir, e perguntou tristemente - se eu a reconhecia?
O aspecto carnavalesco lhe vinha menos do frangalho de fantasia do que do seu ar de extrema penúria. Fez por parecer alegre. Mas o sorriso se lhe transmudou em ricto amargo. E os olhos ficaram baços, como duas poças de água suja... Então, para cortar o soluço que adivinhei subindo de sua garganta, puxei-a para ao pé de mim e, com doçura:
- Tu és a minha esperança de felicidade e cada dia que passa eu te quero mais, com perdida volúpia, com desesperação e angústia...


4 comentários:

GVale disse...

Apenas para deixar registrado: este post inaugurou oficialmente o meu inferno astral de 2008...

Ilis disse...

espero que você saia logo dele.
:)
bj

Anônimo disse...

Germano,
coloquei um recado prá você no orkut e me atrapalhei toda. coisas de iniciantes. Amei o texto dos noivos.
beijo da tia

Anônimo disse...

adoro a palavra "baço"


rs...